AIDS: qual é a diferença entre PEP e PrEP?

Publicado em 17/08/22
AIDS: qual é a diferença entre PEP e PrEP?

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou AIDS (do inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana, também chamado de HIV. O vírus ataca o sistema imunológico, especialmente os linfócitos T CD4+, e altera o DNA dessas células para se multiplicar.

Na primeira fase da infecção, chamada de infecção aguda, que dura de 3 a 6 semanas, ocorre a incubação do HIV, que é o tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença.

Já a produção de anticorpos que o organismo produz para tentar conter a AIDS leva de 8 a 12 semanas após a infecção. Os primeiros sintomas são muito semelhantes aos manifestados por uma virose, como febre, dor de garganta e dor de cabeça, por isso muitas vezes a doença passa despercebida.

É por isso que, em caso de suspeita de infecção, um teste deve ser realizado, mas deve-se aguardar até o fim do período de janela imunológica, que nada mais é que o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo. Na maioria dos casos, a duração dessa janela imunológica é de 30 dias.

PEP e PrEP: duas importantes medidas de prevenção contra a AIDS!

Ainda não existe cura para a AIDS, por isso prevenir-se é imprescindível. Algumas das principais recomendações para evitar a exposição ao HIV são:

  • Uso de preservativo durante as relações sexuais;

  • A utilização de seringas e agulhas descartáveis (nunca compartilhe esse tipo de material);

  • Uso de luvas ao manipular feridas e líquidos corporais;

  • Testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão.

Mas, em caso de suspeita de exposição, duas outras medidas podem ajudar o organismo a lidar melhor com a infecção. São elas:

Profilaxia Pré-Exposição ao Vírus HIV (PrEP):

A PrEP é um método de prevenção que deve ser tomado antes da exposição ao vírus. Consiste na tomada diária de um comprimido que combina dois medicamentos e permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV.

Não é considerada uma medida emergencial e não é indicada para todas as pessoas. Essa medida é mais recomendada para os seguintes grupos:

  • Gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH);

  • Pessoas trans;

  • Trabalhadores(as) do sexo.

Especialmente se essas pessoas:

  • Frequentemente deixam de usar camisinha em suas relações sexuais (anais ou vaginais);

  • Têm relações sexuais, sem camisinha, com alguém que seja HIV positivo e que não esteja em tratamento;

  • Fazem uso repetido de PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV);

  • Apresentam episódios frequentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

É importante conversar com um profissional de saúde para saber se a PrEP é recomendada para seu caso. Vale mencionar que a PrEP não protege de outras infecções sexualmente transmissíveis.

Profilaxia Pós-Exposição ao Vírus HIV (PEP):

A PEP, por outro lado, é uma medida de prevenção que se toma após um possível contato com o HIV. Consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Alguns exemplos de situações em que a PEP é indicada são:

  • Violência sexual;

  • Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento);

  • Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).

É considerada uma medida emergencial e deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. É necessário que esses cuidados com a profilaxia se estendam pelos próximos 28 dias. Existem ainda profilaxias específicas para casos de exposição a outras ISTs e hepatite B.

Tanto durante o período de uso da PEP quanto o pós requerem acompanhamento médico para verificar a eficácia da medida e prevenir possíveis complicações.

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