Quando se preocupar com a gagueira na infância?

Publicado em 30/11/23
Quando se preocupar com a gagueira na infância?

O processo de aprendizagem da fala pode passar pela chamada “gagueira infantil”. Uma disfluência para completar frases e palavras que costuma ser temporária, desaparece na proporção em que a criança enriquece o vocabulário e ganha mais segurança para conversar espontaneamente.

Alguns fatores interferem no prolongamento do período de gagueira, em casos de persistência por mais de seis meses, é importante procurar ajuda profissional. Fonoaudiólogos e psicólogos podem garantir um tratamento adequado, já que a motivação da gagueira insistente normalmente está relacionada à ansiedade, ao medo, à insegurança, dentre outros fatores emocionais.

Um hábito essencial para casos de gagueira infantil – e para todas as crianças em geral – é a escuta paciente. É preciso dar o tempo de fala para criança, sem tentar concluir a frase, palavra, ou responder antes que ela faça. É natural, na formação da linguagem verbal, a necessidade de um tempo maior para conclusão do raciocínio e verbalização. Não saber esperar atrapalha o processo e desenvolve ansiedade.

 

Porque a gagueira não aparece quando canta?

É uma dúvida comum entre pais e entre os próprios pacientes. E acontece porque a gagueira é um distúrbio neurológico que afeta a região do cérebro estimulada pela fala espontânea (o hemisfério direito), que é diferente da região estimulada pela fala não espontânea (hemisfério esquerdo). Sendo assim a fluência da fala só é afetada em músicas, teatro ou quando imitam um sotaque.

A incidência da gagueira é três vezes maior entre homens que mulheres. E o diagnóstico precoce é essencial na superação do problema. Os sintomas, além da fala, podem incluir movimentos corporais que facilitam a emissão de sons ou sílabas bloqueados, como tiques faciais, movimentos bruscos da cabeça, tremores dos lábios e mandíbula, e etc.

Em caso de gagueira persistente na infância ou mesmo na vida adulta, procure ajuda médica.

 

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