Síndrome de Burnout: 20% dos profissionais apresentam sintomas de esgotamento
Felipe Teodoro tem 30 anos, é enfermeiro, e trabalha com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel. Ele faz plantões noturnos de 12 horas em que viaja para buscar pacientes. Acumula a tensão com o risco da estrada, o sono, o cansaço e a preocupação com atenção extrema que o atendimento exige.
“Tento descansar durante o dia, mas não consigo. Minha cabeça fica presa ao trabalho e, muitas vezes, fico revivendo os episódios da noite”, conta.
O ritmo de trabalho de Felipe se estende há seis anos. E os sintomas físicos de exaustão já surgem como alarme: cansaço excessivo, dores musculares, alteração no apetite e outros. Um quadro típico da Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional.
Pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em 2022, demonstra que um em cada cinco profissionais apresentam sintomas de Burnout. Índice que já preocupa grandes corporações.
Vários motivos podem levar a isso, como sobrecarga e até mesmo falta de planejamento diário. “E quando falamos em planejamento é importante ressaltar que deve ser estratégico. A criação de metas inacessíveis ou de rotinas que não condizem com o perfil do profissional agrava o quadro de estresse”, explica a psicóloga comportamental Elismary Cordeiro.
A Síndrome de Burnout pode levar ao afastamento do profissional do ambiente de trabalho e gerar outras doenças, físicas e mentais. Diante de sintomas de esgotamento é importante passar por uma avaliação psicológica e psiquiátrica para o início imediato de tratamentos adequados.
Como forma de prevenção, o Dr Mais listou cinco dicas simples, que podem contribuir com a saúde mental profissional:
- Defina metas diárias acessíveis;
- Participe de atividades de lazer com família e amigos;
- Pratique atividades físicas, no mínimo, três vezes por semana;
- Evite conversas negativas de trabalho;
- Não tome remédios para insônia, ansiedade ou qualquer outro problema sem prescrição médica.
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