Glucomannan: para que serve, como usar e riscos

Glucomannan é uma fibra solúvel de alta viscosidade extraída da raiz de konjac. Nos alimentos, atua como espessante ou emulsificante e como suplemento terapêutico para constipação, controle glicêmico e colesterol.
Principais usos
• Constipação: aumenta volume das fezes e estimula o intestino.
• Colesterol e pressão: reduz LDL e colesterol total por absorver sais biliares.
• Diabetes: melhora glicemia ao retardar digestão de carboidratos; estudos mostram redução da glicose em jejum e pós-prandial.
• Tratamento da obesidade: pode aumentar a saciedade, mas meta-análises mostram efeitos pequenos ou não significativos sobre perda de peso.
Como usar
• Doses comuns: entre 3 g e 4 g/dia, seguidas de água (no mínimo 250 ml por dose).
• Modo de uso: fracionar as doses antes das principais refeições. Iniciar com menor dose para evitar desconforto digestivo.
Riscos e efeitos colaterais
1. Obstrução gastrointestinal ou engasgo
o Risco se ingerido sem água suficiente ou em forma de comprimido.
2. Desconforto digestivo
o Gases, diarreia, inchaço e cólicas leves são comuns.
3. Interação com medicamentos
o Pode reduzir a absorção de fármacos orais comuns. Necessária separação mínima de 1 hora entre glucomannan e medicamentos.
o Em diabéticos, atenção redobrada: pode potencializar o efeito de antidiabéticos e elevar risco de hipoglicemia.
4. Gravidez e lactação
o Insuficiência de dados em gestantes e lactantes. O uso deve ser evitado.
Segurança e eficácia
• A maioria dos estudos limita-se a 12 semanas; o uso prolongado ainda carece de avaliação.
• A EFSA aprova a alegação de redução de peso apenas para ingestão ≥ 3 g/dia com água adequada.
• Recomenda-se priorizar a ingestão de fibras por meio da comida (frutas, legumes, grãos) e usar glucomannan apenas como complemento.
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